CUIDAR DE IDOSO

Todos nós seremos idosos um dia, e precisamos pensar nisso antes, para não sofrermos depois.

Pensem nisso

Na cidade histórica de Ouro Preto – MG, ocorreu entre os dias: 24 a 27 de agosto desse ano, o VI Congresso de Geriatria e Gerontologia (SBGG-MG), onde nós, participantes do mesmo, tivemos um desafio inicial, proposto pela comissão organizadora:  “Desvendar os limites e as possibilidades da saúde na velhice e buscar o conhecimento que possa nos conduzir a uma real transformação. Mas se os extremos sempre existiram e existirão, o que propor aos idosos extremamente ativos e aos muito debilitados?”

Várias foram as atividades durante esses dias: cursos de pré-congresso; simpósios propostos; conferências; rodas de conversa; mesas redonda; apresentação de temas livres; visitas aos posteres com diversos temas (Há limites para a saúde na velhice? – Conquistas frente aos limites biológicos – Limites sociais, espirituais e a velhice que desejamos – Superando os limites sensoriais e físicos.

A magia do aprender é compartilhar! Dessa forma, compartilho os temas que participei.

No trabalho com o idoso, é preciso surpreender-se com o novo! Proporcione a ele tarefas intelectuais (tarefas que ele goste de fazer), estimule a memória (jogos, trabalho com palavras, fatos e datas e fotos de familiares),  a espiritualidade no envelhecimento, conhecer a crença básica do idoso, saber se a mesma lhe dá conforto ou estresse! Segundo Aldwin, “A espiritualidade e a mudança do eu podem resultar do enfrentamento de qualquer grande estressor.”

A saúde funcional não é só medir as atividades de vida diárias, mas um conjunto de fatores. Conjunto esse que, no centro, está AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA, ao redor: VIDA DIGNA, LIVRE ARBÍTRIO,  TAREFAS COTIDIANAS SATISFATÓRIAS, VIDA EMOCIONAL. (Saúde funcional OMS (CIF), 2001). Cinco são os sinais vitais: pulso, temperatura, respiração, pressão arterial e dor. Segundo WCPT Satellite Education Session, 2011, inclusão de um sexto sinal: a velocidade da marcha.

A atividade física é um componente do processo de envelhecimento ativo. Onde o exercício físico – subconjunto da atividade física, é repetitivo, planejado e desenvolve a aptidão. Todo exercício físico é uma atividade física, mas nem toda atividade física é exercício físico! Assim, o desafio gerontológico é diminuir o comportamento sedentário e aumentar a atividade física vigorosa.

No VI Congresso de Geriatria e Gerontologia da SBGG-MG,  foi lançado a 3ª edição do Tratado de Geriatria e Gerontologia. Esta edição atualizada é a prova do crescimento da Geriatria e da Gerontologia Brasileira. Ao livro, agora mais robusto, foram acrescentados temas novos e completamente revisados os capítulos que permaneceram. Impressão caprichada em cores, mostrando também valorização dada pela editora.

Para o Fechamento do Congresso, tivemos como convidada Adélia Prado, que nos abrilhantou com suas belas palavras, que aqueceram nossos corações. Na atenção ao idoso é preciso ser sensível e ter conhecimento específico da área, desde que o conhecimento não me deixe tão técnico! Não podemos ter pressa! Uma virtude que está fora de moda: O TEMPO. Oferecer a minha humanidade ao outro. Atenção real ao idoso. Não iludir o idoso sobre os limites da saúde, que ocorre em qualquer idade. Levá-lo a possuir o sentido, o desejo e o significado da vida.

A cada um de nós, cabe incorporar a ESCUTA. A busca da melhor maneira de humanizarmos, de compreendermos e abordarmos esta população. Dessa forma, ao logo desta caminhada, plantemos sementes verdadeiras, que germinem em nossos corações e nos mostrem os frutos verdadeiros da atenção ao outro, do cuidado, da doação e do encontro mais pacífico dos limites e das possibilidades.

Cláudia Soares dos Santos

Fisioterapeuta / Gerontóloga

Membro da Associação  Brasileira de Alzheimer – sub-regional de Juiz de Fora – MG

claudiasantos.fst@gmail.com

http://www.cuidardeidosos.com.br

fonte:

DESAFIANDO O CÂNCER NESSA LUTA TAMBÉM CUIDAR DO IDOSO